“Saravá, minha criança! Aqui estou, entre o cruzo dos ventos e o braseiro da alma, com minhas sete saias a rodopiar verdades que o mundo insiste em calar. Escuta meu chamado, que vem na batida do tambor, no sussurro das folhas, no fogo que dança na escuridão: você é mais forte do que imagina. Você é sagrada!
Não permita que te digam que seu amor próprio é orgulho. Que sua luz é arrogância. Minhas sete saias desfiam os véus da ilusão: uma para cada caminho que você ousou percorrer, uma para cada lágrima que transformou em força. Você é filha(o) do cruzo, do encontro entre o que foi e o que será — e aqui, agora, é tempo de se erguer!
Olhe no espelho e veja o que eu vejo: uma alma forjada nas estrelas, com raízes na terra quente. Suas cicatrizes não são fraquezas, são mapas da resistência. Sua voz, quando ecoar a verdade, será trovão. Seu sorriso, quando nascer do amor-próprio, será revolução. Não tema as sombras, minha criança, pois até a noite mais densa carrega a promessa do luar.
Use minhas saias como mantos: proteja-se, mas não se esconda. Dance com seus medos até que virem pó. Amarre os fios da sua história com orgulho, pois cada nó é uma lição. E quando o mundo tentar apagar seu brilho, lembre-se: você carrega o mesmo fogo que gira minhas saias, a mesma força ancestral que nunca se cala.
A vida é uma roda — e hoje é seu dia de girar. Plante amor onde colheram dúvidas. Regue sua alma com palavras gentis. E saiba: você não caminha sozinha(o). Minhas sete saias são asas, são chama, são o abraço quente de quem sabe que você é, desde sempre, merecedora(o) de toda a luz que há no universo.
Levante a cabeça, minha criança. O mundo precisa do seu fogo. E que ninguém nunca te faça duvidar: você é divino(a). Você é poder. Você é amor que não se apaga.
Saravá! A Pomba Gira das Sete Saias está com você. Agora vá — e faça a vida tremer!”
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