Os cogumelos mágicos e a #ayahuasca são duas formas de se obter experiências psicodélicas a partir de plantas naturais.
Ambos contêm substâncias que atuam no sistema nervoso, alterando a percepção, o humor e a consciência.
No entanto, eles também têm diferenças importantes na sua composição, na sua forma de uso e nos seus possíveis benefícios e riscos.
Os cogumelos mágicos são fungos que contêm psilocibina, uma substância que se transforma em psilocina no organismo e se liga aos receptores de serotonina no cérebro.
Eles podem ser consumidos frescos ou secos, mastigados ou em forma de chá.
Os efeitos dos cogumelos mágicos variam de acordo com a dose, o tipo de cogumelo, o estado de espírito e o ambiente da pessoa.
Em geral, eles provocam alucinações visuais ou auditivas, sensação de euforia, bem-estar, relaxamento, sonolência e alteração do senso de tempo e espaço.
Os efeitos podem durar de 30 minutos a 4 horas após a ingestão. A ayahuasca é uma bebida preparada com duas plantas da Amazônia: o cipó-mariri ou jagube (Banisteriopsis caapi) e a folha da chacrona (Psychotria viridis). O cipó contém betacarbolinas, como a harmina, que inibem a enzima que degrada a dimetiltriptamina (DMT), uma substância psicoativa presente na chacrona. A DMT é capaz de atravessar a barreira hematoencefálica e se ligar aos receptores de serotonina, dopamina e sigma-1 no cérebro.
A ayahuasca é consumida em rituais religiosos ou terapêuticos, sob orientação de um guia ou xamã. Os efeitos da ayahuasca podem durar de 2 a 6 horas após a ingestão. Tanto os cogumelos mágicos quanto a ayahuasca têm sido estudados por seus potenciais benefícios para o tratamento de transtornos mentais, como depressão, ansiedade, dependência química e estresse pós-traumático.
Alguns estudos sugerem que essas substâncias podem favorecer a neuroplasticidade, ou seja, a capacidade do cérebro de se reorganizar e formar novas conexões neurais. Além disso, elas podem induzir estados de consciência ampliada, que podem facilitar a introspecção, a autoaceitação, a compaixão e a espiritualidade. No entanto, o uso dessas substâncias também envolve riscos e contraindicações. Os cogumelos mágicos podem causar náuseas, vômitos, dor abdominal, fraqueza muscular, aumento da pressão arterial, da temperatura corporal e dos batimentos cardíacos, dilatação das pupilas, tontura, respiração rápida e suor excessivo.
A ayahuasca pode causar náuseas, vômitos, diarreia, aumento da pressão arterial, da frequência cardíaca e da temperatura corporal, tremores, sudorese e agitação. Ambas as substâncias podem provocar uma “viagem ruim” ou “bad trip”, que é caracterizada por paranoia, psicose, ansiedade, pânico ou terror. Além disso, o uso dessas substâncias pode interagir com medicamentos antidepressivos, antipsicóticos, ansiolíticos ou estimulantes, podendo causar reações adversas graves.
Elas também devem ser evitadas por pessoas com histórico de doenças cardíacas, hepáticas ou renais, epilepsia, glaucoma ou esquizofrenia. O uso dessas substâncias deve ser feito com cautela, responsabilidade e acompanhamento profissional, respeitando as doses, os intervalos e as condições adequadas para cada caso. Espero que este texto tenha sido útil para você.
Se você quiser saber mais sobre o assunto, deixe um comentário no canal da @sorayahara