Os erês são espíritos que trazem alegria e pureza aos terreiros de umbanda e candomblé.
Eles são considerados as crianças da umbanda, pois têm uma energia leve, brincalhona e inocente. Eles se manifestam como intermediários dos orixás, transmitindo suas mensagens e vontades.
Na umbanda, os erês são espíritos de crianças que não chegaram a encarnar e que estão muito próximos dos orixás, especialmente de Oxumaré, o orixá da fortuna e da riqueza.
Eles trabalham na linha da alma, cuidando da felicidade e dos sonhos das pessoas. Eles gostam de comer doces, dançar, brincar e fazer perguntas sem tabus.
Eles também podem auxiliar em passes e rituais, trazendo energia positiva para o terreiro. No candomblé, os erês são entidades intermediárias que conectam o orixá ao seu filho ou filha, em rituais de iniciação. Eles são responsáveis por trazer o axé, a força vital, do orixá para o iniciado. Eles também representam a pureza, a verdade e a emoção do orixá.
Eles assumem nomes e comportamentos que refletem o orixá de cabeça da pessoa. Por exemplo, um erê de Oxalá pode se chamar Damião, um erê de Iemanjá pode se chamar Mariazinha, um erê de Xangô pode se chamar Pedrinho, e assim por diante.
Os erês são celebrados no dia 27 de setembro, junto com os santos católicos Cosme e Damião, que são sincretizados com os ibejis, os gêmeos divinos da mitologia africana.
Nesse dia, os terreiros fazem festas, distribuem doces e brinquedos para as crianças e homenageiam os erês com cantigas, danças e oferendas.
Os erês são seres iluminados e encantados que nos ensinam a valorizar a simplicidade, a alegria e a esperança. Eles nos mostram que a vida é uma brincadeira sagrada e que devemos nos divertir com ela. Eles nos convidam a resgatar a nossa criança interior e a nos conectar com os orixás.
Eles são os mensageiros do amor puro e da renovação.