Reginaldo Lustosa

Exu, o orixá dos caminhos e da integração

Exu é um dos orixás mais importantes e complexos da mitologia africana. Ele é o intermediário entre os homens e os deuses, o guardião das aldeias, das casas, das cidades e dos caminhos.

Ele é o responsável por levar as oferendas e as mensagens aos outros orixás, mas também por causar confusões e desordens quando não é bem tratado. Exu é o princípio dinâmico da vida, a força que impulsiona a mudança e a transformação.

Exu é o orixá da integração, pois ele é capaz de transitar entre os diferentes mundos e culturas. Ele é o elo entre a África e o Brasil, entre o sagrado e o profano, entre o passado e o presente, entre o individual e o coletivo. Exu é o orixá da diversidade, pois ele representa a multiplicidade de formas de expressão e de existência. Exu é o orixá da criatividade, pois ele estimula a inovação e a originalidade.

Exu é um orixá que merece respeito e reverência, pois ele é o primeiro a ser saudado em qualquer ritual ou cerimônia. Ele é o dono do padê, a oferenda que consiste em farinha de mandioca, azeite de dendê e cachaça. Ele também gosta de receber charutos, velas, moedas, galos, bodes e cachorros. Exu é o orixá que abre e fecha os caminhos, que facilita ou dificulta as realizações.

Por isso, é preciso agradá-lo e honrá-lo, para que ele seja um aliado e não um inimigo. Exu é o orixá que ensina que a vida é feita de escolhas, e que cada escolha tem uma consequência. Exu é o orixá que mostra que o bem e o mal são relativos, e que dependem do ponto de vista de cada um. Exu é o orixá que desafia e que provoca, que testa e que questiona, que risca e que apaga.

Exu é o orixá que faz e que desfaz, que cria e que destrói, que une e que separa. Exu é o orixá que é e que não é, que está e que não está, que vem e que vai. Exu é o orixá que é tudo e que é nada, que é um e que é muitos, que é Exu.

Laroyê, Exu!

Exu é Mojubá!

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